Segundo informações da Reuters, as autoridades do Banco Central Europeu (BCE) estão considerando junho como a data mais provável para o início dos cortes de juros na região. No entanto, há divergências em relação à duração do ciclo e ao tamanho da flexibilização. Em uma palestra realizada em Dublin, na Irlanda, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, afirmou que a inflação na zona do euro está se aproximando da meta de 2% estabelecida pela autoridade monetária, após um período “acidentado”. Lane mencionou que fatores como pressões menores nos custos de mão de obra e a compressão dos lucros das empresas estão contribuindo para a redução da inflação.
O presidente do Banco Central da Eslováquia, Peter Kazimir, concordou que a inflação na zona do euro está em declínio e defende que as taxas de juros sejam reduzidas em junho. No entanto, ele ressaltou que a trajetória pós-redução permanece incerta. Enquanto isso, Gediminas Simkus, presidente do BC da Lituânia, tem uma visão mais otimista e prevê que o BCE pode cortar os juros mais de três vezes este ano. Ele enfatizou que as reduções não devem ser adiadas caso o Federal Reserve atrase seus próprios cortes.
Christine Lagarde, presidente do BCE, sinalizou a possibilidade de um corte na taxa de juros em junho, mas destacou a incerteza em relação ao crescimento econômico e à inflação. Os mercados, por sua vez, têm expectativas de três cortes este ano, após apostas de corte do Fed nos Estados Unidos.
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