Analistas brasileiros projetam resultados menos satisfatórios do que o esperado para a AmBev (ABEV3) no primeiro trimestre de 2024. As ações da empresa apresentam uma queda significativa nos últimos 12 meses, registrando uma desvalorização de 14,52%, sendo 11,87% somente em 2024.
Segundo a XP Research, espera-se um momento forte no Brasil, mas números mais fracos na América Latina e Canadá. Mesmo com dados robustos da indústria de produção de bebidas no Brasil em fevereiro, a expectativa é de que não sejam suficientes para compensar as dificuldades em outras regiões.
Os volumes de Cerveja Brasil devem crescer 2,5%, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado da operação deve aumentar 24% em relação ao ano anterior. Porém, para os números consolidados, prevê-se estabilidade e queda de 10% no lucro por ação devido a uma taxa de imposto mais elevada. A expectativa é de um lucro líquido pressionado por questões tributárias, apesar dos resultados financeiros positivos esperados.
O Bank of America adota uma visão mais otimista, considerando a possibilidade de crescimento sem a região da América do Sul. Apesar de prever resultados sólidos no primeiro trimestre de 2024, sugere uma queda de 15% no lucro líquido em relação ao ano anterior, atribuindo isso a questões tributárias. O banco estrangeiro reforça a recomendação de compra para a ação, prevendo impulso nos lucros ao longo do ano.
O Itaú BBA projeta um lucro operacional consolidado de R$ 6,5 bilhões para a Ambev, com uma rentabilidade de 33%, o que representaria um aumento em relação ao ano anterior, mas uma queda no trimestre. A recomendação do banco para o papel é neutra, com preço-alvo de R$ 15,00 para o final de 2024.
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