Resumo: O programador Walter Delgatti Neto foi condenado a 10 anos e 20 dias de detenção em regime semiaberto por injúria contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante seu depoimento à CPMI, Delgatti afirmou ter recebido de Bolsonaro a solicitação para assumir a responsabilidade por grampos realizados no celular do ministro Alexandre de Moraes. Apesar de não apresentar provas, o juiz considerou que sua acusação foi falsa. Delgatti poderá recorrer em liberdade, mesmo estando preso por outro caso.
O juiz Omar Dantas Lima, da 3ª vara Criminal de Brasília, emitiu uma sentença condenando o programador Walter Delgatti Neto a 10 anos e 20 dias de detenção em regime semiaberto, pelo crime de injúria cometido contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante seu depoimento à CPMI que investiga os atos golpistas ocorridos em janeiro de 2023, Delgatti alegou ter recebido a solicitação de Bolsonaro para assumir a responsabilidade por grampos no celular do ministro Alexandre de Moraes do STF. A defesa de Bolsonaro contestou as acusações, alegando falta de provas apresentadas por Delgatti. No processo, o programador manteve sua versão, mesmo sem conseguir prová-la, e afirmou que não caluniou Bolsonaro, alegando ter recebido o pedido através da deputada Carla Zambelli. O juiz decidiu pela condenação de Delgatti, destacando que a imputação de um crime a Bolsonaro foi feita falsamente diante de parlamentares e com ampla repercussão na mídia e redes sociais. Delgatti poderá recorrer em liberdade, mas segue preso por outro caso relacionado à invasão dos sistemas do CNJ. Além disso, ele já foi condenado na Operação Spoofing, que investigou a invasão de celulares de autoridades.
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