Resumo: A Grande Mancha Vermelha de Júpiter pode ter cerca de 150 anos, de acordo com pesquisadores. Em 1831, a tempestade surgiu como a conhecemos hoje, mas agora está diminuindo de tamanho. Estudos apontam que a Mancha Permanente observada em 1665 não tem relação com a Grande Mancha Vermelha. A pesquisa foi publicada na revista Geophysical Research Letters.
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter, que é considerada a maior tempestade do Sistema Solar, pode ser mais jovem do que se pensava inicialmente. Pesquisadores liderados por Agustín Sánchez-Lavega, da Universidade do País Basco, descobriram evidências que sugerem que a tempestade pode ter se formado em 1831, embora tenha sido confundida com outra estrutura já existente no planeta gasoso.
Em 1665, o astrônomo italiano Giovanni Cassini avistou uma forma oval escura em Júpiter, conhecida como “Mancha Permanente”. No entanto, em 1713, a mancha desapareceu por 100 anos, retornando em 1831 com o nome de Grande Mancha Vermelha. Desde então, essa tempestade mudou de tamanho diversas vezes ao longo dos séculos e agora está diminuindo.
Para Agustín Sánchez-Lavega e sua equipe, a Mancha Permanente e a Grande Mancha Vermelha não estão relacionadas. Após combinar registros históricos com simulações computacionais, concluíram que as forças necessárias para produzir cada uma são diferentes. As simulações mostraram tempestades menores do que as primeiras descrições da Grande Mancha Vermelha, sugerindo que as forças no planeta podem ter mudado ao longo do tempo.
Publicado na revista Geophysical Research Letters, o estudo aponta que a Grande Mancha Vermelha de Júpiter pode ter aproximadamente 150 anos, com seu processo de formação iniciando na metade de 1800.
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